Gigante de cibersegurança sinaliza para pior ano de ataque de dados
NorVPN diz que 345 milhões de registros foram expostos no mundo e, nesse ritmo, 2025 terá recorde
Brasília
Levantamento da NordVPN, gigante de cibersegurança, sobre crimes virtuais sinaliza que este ano será o pior de sua série histórica. Até o momento, já foram registradas 8.230 violações de sistemas no mundo, que resultaram na exposição indevida de 345 milhões de dados. Em 2024, essa marca foi de 512 milhões.
“Toda interação que você realiza na internet deixa um rastro”, explica Marijus Briedis, executivo de tecnologia (CTO) da NordVPN. “Quando essas informações caem em mãos erradas, sejam de corretores de dados, cibercriminosos ou aplicativos inseguros, as consequências podem ser irreversíveis.”
Hoje, nossas vidas estão armazenadas em servidores: de senhas e dados de pagamento a mensagens privadas e históricos médicos. Essa praticidade, no entanto, tem um custo alto. O crescimento da coleta massiva de informações, da vigilância digital e dos ataques cibernéticos criou um ambiente propício para violações de privacidade.
“Muitos ainda enxergam a privacidade como um luxo”, diz Briedis. “Ela se tornou uma necessidade. Sem ela, você fica vulnerável a roubo de identidade, fraude financeira e ao perfilamento algorítmico que influencia silenciosamente suas escolhas.”
A economia dos dados prospera justamente na invisibilidade, coletando muito mais informações do que os usuários percebem. E, uma vez expostas, essas informações não podem ser recuperadas.
A Nord, que atua com VPNs, defende uso de proteções mais robustas –como a sua– e aponta falhas em sistemas gratuitos que, com criptografia frágil ou desatualizada, abrem espaço para práticas ocultas de registro de informações, publicidade invasiva e rastreamento constante e possível disseminação de malware. Com Stéfanie Rigamonti
Fonte: Folha de São Paulo