Plano para setores afetados pelo tarifaço está pronto, mas precisa de aval de Lula, diz Durigan
BRASÍLIA – O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta segunda-feira, 21, que a área econômica já tem um plano pronto para ajudar os setores prejudicados pelo tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Temos um plano pronto, mas que ainda precisa ser validado com o presidente (Lula). Não há data para ser apresentado ao presidente. É um plano geral nas hipóteses para postos de trabalho, de ajudas pontuais a empresas”, afirmou Durigan, ao deixar o Palácio do Planalto.
Ele participou de reunião do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Perguntado se, no plano, há setores preferenciais, ele disse que as prioridades estão sendo mapeadas a partir das reuniões do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, criado pelo governo para discutir o tarifaço. “Mas o plano já tem questões endereçadas do que temos escutado aqui (no comitê).”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, em entrevista à CBN, que nesta semana serão apresentadas ao presidente Lula alternativas para fazer frente ao impacto do tarifaço. “Ajuda aos setores prejudicados pode estar dentro dos planos de contingência”, declarou mais cedo o ministro.
O ministro da Fazenda afirmou na manhã desta segunda-feira, em entrevista à CBN, que apresentaria a Lula nesta semana as medidas para fazer frente ao impacto da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros que entram nos EUA. “Ajuda aos setores prejudicados pode estar dentro dos planos de contingência”, declarou. Ao admitir que o governo já considera a possibilidade de persistência do tarifaço produtivo sobre o Brasil, o ministro da Fazenda repetiu que o governo está buscando o diálogo prioritariamente. “Temos plano de contingência para qualquer decisão, mas jamais sairemos das negociações”, disse.
Fonte: Estadão