Aéreas querem isonomia com Reforma Tributária para evitar aumento de passagens

Estudo inicial sobre impacto das mudanças na legislação tributária prevê até R$ 3,7 bilhões em aumento de tributos anuais por empresa
Brasília
As companhias aéreas não foram enquadradas como os demais modais de transporte na proposta de Reforma Tributária e, caso não seja possível reverter essa situação, os custos do setor triplicarão, levando a uma alta nos preços das passagens.
Em conversas com parlamentares, Latam, Gol e Azul, especialmente, afirmam que não há como o setor arcar com uma alíquota cheia quando os demais modais de transporte obtiveram descontos de 60% na alíquota resultante da junção do CBS (tributos federais) e o IBS (ICMS e ISS).
Os cálculos preliminares do setor indicavam, sem a neutralidade, a arrecadação sofreria uma alta de 274%. Por empresa, seriam até R$ 3,7 bilhões em tributos adicionais por ano.
Com as últimas mudanças no texto, a Abear, associação que representa as empresas do setor, prepara um novo estudo a tempo de subsidiar a próxima rodada de conversas no Senado.
O relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que só receberá os setores a partir do dia 15 de agosto. Quer estudar melhor o texto aprovado pela Câmara para avaliar os impactos por ele causados.
No momento em que queremos democratizar [o acesso] não podemos aumentar a carga tributária sob risco de termos um grande prejuízo a longo prazo com diminuição na operação das empresas, da renovação de frota, na contratação de funcionários e na expansão da operação como um todo\”, afirma Jurema Monteiro, presidente da Abear.
Com Diego Felix


Fonte: Folha de São Paulo

Traduzir »